Maria Eunice Pereira e Pina
Maria Eunice Pereira e Pina foi gestora histórica, escritora, poetisa, jornalista e incentivadora cultural. Nascida em 16 de junho de 1930, em Pirenópolis, Goiás, era filha de João Pereira e Silvia Leite. Em 1946, casou-se, aos dezesseis anos, com Sebastião Pompeu de Pina Sobrinho, tendo dessa união seis filhos: Eduardo Pompeu de Pina, João Luiz Pompeu de Pina, Maria do Carmo de Pina Mendonça, Luiz Armando Pompeu de Pina, Silvia Conceição de Pina e Célia Fátima de Pina.
Desde a década de 1960 confeccionava manuamente rosas de papel crepom na Festa do Divino para os mascarados e fabricava os buquês para serem entregues aos cavaleiros durante as Cavalhadas, tradição que se estendeu mais tarde aos cavaleirinhos da Cavalhadinha, em 1989.
Após a morte do marido, em 1970, abriu uma loja de roupas com uma amiga. Em seguida, iniciou várias atividades ao longo dessa década: montou a primeira loja de artesanato da cidade; participou de várias exposições levando o artesanato goiano, principalmente para o sudeste brasileiro.
Começou, em 1976, a colecionar o acervo do Museu das Cavalhadas em sua residência; plantou, só para mostrar ao turista, o primeiro pé de pequi no quintal da sua casa (fruto do cerrado e destaque na culinária típica goiana) em uma época da qual não havia ainda pesquisas para o plantio desse fruto. Foi fundadora da primeira escola maternal da cidade denominada: Escola Maternal Pequeno Príncipe.
Lançou o jornal cultural “Nova Era” que circulou durante nove anos na cidade, e atuava como diretora da publicação. Foi membro fundadora e primeira presidente da Academia Pirenopolina de Letras, Artes e Música – APLAM, criada em 1994.
Publicou, em 1993, seu primeiro livro de poemas chamado “Devaneios de uma Pirenopolina”, em que descreve sua paixão por Pirenópolis. No mesmo ano participou do documentário “Divinas Marias”, editado pela Universidade Federal de Brasília UnB, no qual retrata as “Marias” (mulheres).
Foi Primeira Dama de Pirenópolis, na gestão de seu filho Luiz Armando Pompeu de Pina, quando Prefeito de Pirenópolis pela segunda vez, no período de 1997-2000, desenvolvendo trabalho social à população carente local na Assistência Social de Pirenópolis e nos povoados do município.
Antes de falecer, em 2005, despertou interesse em ampliar o Museu das Cavalhadas, dando início, através do projeto elaborado e executado pela Gestora Cultural Ms. Flaviana Paula de Melo e pela Gestora Pedagógica Ms. Viviane Teles Ribeiro Pina, ao Programa Circuito Cavalhadas, com o Projeto Memorial Cavalhadas aprovado em seleção pública pela Petrobras Cultural em 2006/2007 e Ministério da Cultura em 2007 (PRONAC 069688), iniciado em janeiro de 2008, com o propósito de recuperação do acervo documental do Museu das Cavalhadas.
Em, 2009, Maria Eunice foi homenageada na primeira edição da Festa da Literária de Pirenópolis – FliPiri.