Começou a receber visitantes, pesquisadores e imprensa em sua casa na década de 1970 para observar a preparação dos dois filhos cavaleiros e também em busca de informações sobre as Cavalhadas e a Festa do Divino Espírito Santo. Assim começou a guardar documentos e objetos referentes às Cavalhadas e à Festa do Divino.
Ainda no início da década de 1970 fundou a primeira loja de artesanato em Pirenópolis, colaborando com os artesãos locais, que passaram a ter onde expor e vender suas obras e para com os turistas e visitantes, que tiveram um espaço para apreciar e adquirir o artesanato produzido por pirenopolinos.
Fundou o Museu das Cavalhadas em 1976, em uma das salas de sua casa, com o passar do tempo o museu foi ampliando em acervo, em extensão e em número de visitantes.
O Museu das Cavalhadas, em 1987, foi o espaço do lançamento do livro “Estórias de Joaquim Alves (na Fazenda Babilônia), de autoria da prima Ita Pereira.
Desde o surgimento da Cavalhadinha da Vila, uma representação infantil da Festa do Divino que acontece no Bairro denominado Vila Matutina, em 1989, Maria Eunice tinha participação ativa, produzindo os buques de flores de papel que fazem parte da encenação.
Em parceria com o jornalista José Reis, Maria Eunice fundou em 1989 o jornal cultural Nova Era, que circulou entre outubro de 1989 a abril de 1998 e contou com 35 números. Nas páginas do Nova Era vinham notícias, aspectos políticos, econômicos, mas a cultura predominava, com destaque para poesias, manifestações culturais e aspectos sociais e gastronômicos de Pirenópolis.
Em 1992, Maria Eunice fez um evento no Museu das Cavalhadas para homenagear algumas pessoas importantes para as Cavalhadas como Sebastião Goulão e João Lopes da Silva (Joãozico Lopes) e os filhos cavaleiros.
Em 1993, outro sonho de Maria Eunice se realizou no Museu das Cavalhadas, idealizado por ela, a publicação de seu livro de poemas “Devaneios de uma pirenopolina”, obra atualmente esgotada.
No mesmo ano Maria Eunice participa do documentário “Divinas Marias” contando a participação das mulheres na produção da Festa do Divino.
Em 1994, foi uma das fundadoras e principal incentivadora da Academia Pirenopolina de Letras, Artes e Música – APLAM, cujas reuniões ocorriam ora na casa de Maria Eunice, ora no Museu das Cavalhadas. Atuou na continuidade das atividades da APLAM, inclusive com a produção de vários números da Revista Meya Ponte, publicação da Academia Pirenopolina de Letras, Artes e Música.
Adriano Cesar Curado, na elaboração de biografia sobre Maria Eunice, disponível em: http://cidadedepirenopolis.blogspot.com, elencou algumas publicações da poetisa em Antologias:
- Poemas, trovas e crônicas no Anuário dos Poetas do Brasil, Organização de Aparício Fernandes, Rio de Janeiro: Folha Carioca Editora Ltda., 1979 e 1982.
- Colheita (A voz dos inéditos), Organização Gabriel Nascente. Goiânia: Inigraf, 1979.
- Corumbá (Episódios e Comentários), Organização Renato Báez. Org. Renato Báez, São Paulo: Resenha Tributária, 1979.
- Genealogia e Opiniões, Org. Renato Báez, São Paulo: Resenha Tributária, 1983.
- Primavera em Trovas – Arthur F. Batista – São Paulo – 1981.
- Saudade em Trovas – Arthur Francisco Batista – SP – 1983.
- Luz nas Trevas (4° Vol. da Coleção Arnês), Org. José Pinheiro Fernandes, Rio de Janeiro: Editora Valença, 1985.
- Ficções de Hoje… Realidade de Amanhã (10° Vol. da Coleção Arnês), Org. José Pinheiro Fernandes, Rio de Janeiro: Editora Valença, 1991.
Maria Eunice Pereira e Pina faleceu a 24 de novembro de 2005, mas sua obra continua viva em Pirenópolis. Venha conhecer o Museu das Cavalhadas.